terça-feira, 30 de agosto de 2011

VENERÁVEL MESTRE


Origem do título
O título de Venerável Mestre, dado ao presidente de uma Loja maçônica, tem a sua origem mais remota nos meados do século XVII, quando já começara a lenta, mas progressiva, transformação da Franco-maçonaria de ofício, ou operativa, em Franco-maçonaria dos aceitos, ou especulativa (1). Nessa época, porém, nem existia o grau de Mestre Maçom, que só seria introduzido no século XVIII, a partir de 1724, e efetivado em 1738, e o presidente da Loja era escolhido entre os mais antigos e experientes Companheiros que era um mestre-de-obras ou era o proprietário mesmo, o qual, como dono da obra, era vitalício na direção dos trabalhos dos obreiros.
Derivado da palavra inglesa worship, que significa culto, adoração, reverência como forma de tratamento quando usada como substantivo, e venerar, adorar, idolatrar, quando usada como verbo transitivo, tem-se o vocábulo worshipful, que significa adorador, reverente, venerável, como forma de tratamento. Dessa maneira, o presidente da Loja passou a ter o título de Worshipful Master, que significa Venerável Mestre e que seria adotado por todos os círculos maçônicos, embora o termo Venerável, de início, fosse aplicado apenas às organizações de artesãos.
Adotando-se a cerimônia de Instalação (instalação é sinônimo de posse) , como faz a Maçonaria inglesa e, só depois de passar por ela, é que o Venerável Mestre eleito pode se considerar empossado e empossar os membros de sua administração, entrando na plenitude de seus direitos exclusivos, entre os quais se inclui o de sagrar (2) os candidatos à iniciação, à elevação ou à exaltação. Tão rígido é tal dispositivo, que, em uma sessão à qual não esteja presente o Venerável Mestre, sendo, ela, portanto, dirigida pelo 1º Vigilante, que não seja um Mestre Instalado, ele deverá, no momento de sagrar o candidato, solicitar, a um Mestre Instalado presente, que o faça, sem o que a cerimônia não poderá ter validade.
A cerimônia de instalação do Venerável Mestre torna-o Mestre Instalado. Este título é honorífico e, portanto, não deve ser considerado como grau.
Notas
1. Essa progressiva transformação iniciou-se no século XVII, quando, com a decadência do estilo gótico e a concomitante ascensão do renascentista as organizações de oficio começaram também a entrar em decadência. e, para tentar sobreviver, resolveram aceitar, em suas Lojas, homens não ligados à arte de construir e que, por isso, foram chamados de Maçons Aceitos. O processo de aceitação desenvolveu-se durante todo o século XVII, a ponto de, no final dele, o número de aceitos sobrepujar, largamente, o de operativos, o que propiciaria, em 1717, a criação da primeira Obediência maçônica da História, a Premier Grand Lodge, em Londres.
2. Sagrar, aí, tem o sentido de conferir a dignidade do grau e não o de santificar, ou tornar sagrado, como muitos pensam. É o mesmo com a sagração de templo: a cerimônia confere, ao local, a dignidade de templo maçônico.
Colaboração do Irmão: Kyle Peres Deslandes Mafra - MM
Loja Maçônica Cavaleiros do Oriente – Nº 076 – GLMMG - REAA
Governador Valadares - MG

O processo de independência do Brasil


Para compreender o verdadeiro significado histórico da independência do Brasil, levaremos em consideração duas importantes questões:

Em primeiro lugar, entender que o 07 de setembro de 1822 não foi um ato isolado do príncipe D. Pedro, e sim um acontecimento que integra o processo de crise do Antigo Sistema Colonial, iniciada com as revoltas de emancipação no final do século XVIII. Ainda é muito comum a memória do estudante associar a independência do Brasil ao quadro de Pedro Américo, "O Grito do Ipiranga", que personifica o acontecimento na figura de D. Pedro.

Em segundo lugar, perceber que a independência do Brasil, restringiu-se à esfera política, não alterando em nada a realidade sócio-econômica, que se manteve com as mesmas características do período colonial.

Valorizando essas duas questões, faremos uma breve avaliação histórica do processo de independência do Brasil.


Desde as últimas décadas do século XVIII assinala-se na América Latina a crise do Antigo Sistema Colonial. No Brasil, essa crise foi marcada pelas rebeliões de emancipação, destacando-se a Inconfidência Mineira e a Conjuração Baiana. Foram os primeiros movimentos sociais da história do Brasil a questionar o pacto colonial e assumir um caráter republicano. Era apenas o início do processo de independência política do Brasil, que se estende até 1822 com o "sete de setembro". Esta situação de crise do antigo sistema colonial, era na verdade, parte integrante da decadência do Antigo Regime europeu, debilitado pela Revolução Industrial na Inglaterra e principalmente pela difusão do liberalismo econômico e dos princípios iluministas, que juntos formarão a base ideológica para a Independência dos Estados Unidos (1776) e para a Revolução Francesa (1789). Trata-se de um dos mais importantes movimentos de transição na História, assinalado pela passagem da idade moderna para a contemporânea, representada pela transição do capitalismo comercial para o industrial.

Os Movimentos de Emancipação

A Inconfidência Mineira destacou-se por ter sido o primeiro movimento social republicano-emancipacionista de nossa história. Eis aí sua importância maior, já que em outros aspectos ficou muito a desejar. Sua composição social por exemplo, marginalizava as camadas mais populares, configurando-se num movimento elitista estendendo-se no máximo às camadas médias da sociedade, como intelectuais, militares, e religiosos. Outros pontos que contribuíram para debilitar o movimento foram a precária articulação militar e a postura regionalista, ou seja, reivindicavam a emancipação e a república para o Brasil e na prática preocupavam-se com problemas locais de Minas Gerais. O mais grave contudo foi a ausência de uma postura clara que defendesse a abolição da escravatura. O desfecho do movimento foi assinalado quando o governador Visconde de Barbacena suspendeu a derrama -- seria o pretexto para deflagar a revolta - e esvaziou a conspiração, iniciando prisões acompanhadas de uma verdadeira devassa.

Os líderes do movimento foram presos e enviados para o Rio de Janeiro responderam pelo crime de inconfidência (falta de fidelidade ao rei), pelo qual foram condenados. Todos negaram sua participação no movimento, menos Joaquim José da Silva Xavier, o alferes conhecido como Tiradentes, que assumiu a responsabilidade de liderar o movimento. Após decreto de D. Maria I é revogada a pena de morte dos inconfidentes, exceto a de Tiradentes. Alguns tem a pena transformada em prisão temporária, outros em prisão perpétua. Cláudio Manuel da Costa morreu na prisão, onde provavelmente foi assassinado.

Tiradentes, o de mais baixa condição social, foi o único condenado à morte por enforcamento. Sua cabeça foi cortada e levada para Vila Rica. O corpo foi esquartejado e espalhado pelos caminhos de Minas Gerais (21 de abril de 1789). Era o cruel exemplo que ficava para qualquer outra tentativa de questionar o poder da metrópole.

O exemplo parece que não assustou a todos, já que nove anos mais tarde iniciava-se na Bahia a Revolta dos Alfaiates, também chamada de Conjuração Baiana. A influência da loja maçônica Cavaleiros da Luz deu um sentido mais intelectual ao movimento que contou também com uma ativa participação de camadas populares como os alfaiates João de Deus e Manuel dos Santos Lira.Eram pretos, mestiços, índios, pobres em geral, além de soldados e religiosos. Justamente por possuír uma composição social mais abrangente com participação popular, a revolta pretendia uma república acompanhada da abolição da escravatura. Controlado pelo governo, as lideranças populares do movimento foram executadas por enforcamento, enquanto que os intelectuais foram absolvidos.

Outros movimentos de emancipação também foram controlados, como a Conjuração do Rio de Janeiro em 1794, a Conspiração dos Suaçunas em Pernambuco (1801) e a Revolução Pernambucana de 1817. Esta última, já na época que D. João VI havia se estabelecido no Brasil. Apesar de contidas todas essas rebeliões foram determinantes para o agravamento da crise do colonialismo no Brasil, já que trouxeram pela primeira vez os ideais iluministas e os objetivos republicanos.

A Família Real no Brasil e a Preponderância Inglesa

Se o que define a condição de colônia é o monopólio imposto pela metrópole, em 1808 com a abertura dos portos, o Brasil deixava de ser colônia. O monopólio não mais existia. Rompia-se o pacto colonial e atendia-se assim, os interesses da elite agrária brasileira, acentuando as relações com a Inglaterra, em detrimento das tradicionais relações com Portugal.

Esse episódio, que inaugura a política de D. João VI no Brasil, é considerado a primeira medida formal em direção ao "sete de setembro".

Há muito Portugal dependia economicamente da Inglaterra. Essa dependência acentua-se com a vinda de D. João VI ao Brasil, que gradualmente deixava de ser colônia de Portugal, para entrar na esfera do domínio britânico. Para Inglaterra industrializada, a independência da América Latina era uma promissora oportunidade de mercados, tanto fornecedores, como consumidores.

Com a assinatura dos Tratados de 1810 (Comércio e Navegação e Aliança e Amizade), Portugal perdeu definitivamente o monopólio do comércio brasileiro e o Brasil caiu diretamente na dependência do capitalismo inglês.

Em 1820, a burguesia mercantil portuguesa colocou fim ao absolutismo em Portugal com a Revolução do Porto. Implantou-se uma monarquia constitucional, o que deu um caráter liberal ao movimento. Mas, ao mesmo tempo, por tratar-se de uma burguesia mercantil que tomava o poder, essa revolução assume uma postura recolonizadora sobre o Brasil. D. João VI retorna para Portugal e seu filho aproxima-se ainda mais da aristocracia rural brasileira, que sentia-se duplamente ameaçada em seus interesses: a intenção recolonizadora de Portugal e as guerras de independência na América Espanhola, responsáveis pela divisão da região em repúblicas.

O Significado Histórico da Independência

A aristocracia rural brasileira encaminhou a independência do Brasil com o cuidado de não afetar seus privilégios, representados pelo latifúndio e escravismo. Dessa forma, a independência foi imposta verticalmente, com a preocupação em manter a unidade nacional e conciliar as divergências existentes dentro da própria elite rural, afastando os setores mais baixos da sociedade representados por escravos e trabalhadores pobres em geral.

Com a volta de D. João VI para Portugal e as exigências para que também o príncipe regente voltasse, a aristocracia rural passa a viver sob um difícil dilema: conter a recolonização e ao mesmo tempo evitar que a ruptura com Portugal assumisse o caráter revolucionário-republicano que marcava a independência da América Espanhola, o que evidentemente ameaçaria seus privilégios.

A maçonaria (reaberta no Rio de Janeiro com a loja maçônica Comércio e Artes) e a imprensa uniram suas forças contra a postura recolonizadora das Cortes.

D. Pedro é sondado para ficar no Brasil, pois sua partida poderia representar o esfacelamento do país. Era preciso ganhar o apoio de D. Pedro, em torno do qual se concretizariam os interesses da aristocracia rural brasileira. Um abaixo assinado de oito mil assinaturas foi levado por José Clemente Pereira (presidente do Senado) a D. Pedro em 9 de janeiro de 1822, solicitando sua permanência no Brasil. Cedendo às pressões, D. Pedro decidiu-se: "Como é para o bem de todos e felicidade geral da nação, estou pronto. Diga ao povo que fico".

É claro que D. Pedro decidiu ficar bem menos pelo povo e bem mais pela aristocracia, que o apoiaria como imperador em troca da futura independência não alterar a realidade sócio-econômica colonial. Contudo, o Dia do fico era mais um passo para o rompimento definitivo com Portugal. Graças a homens como José Bonifácio de Andrada e Silva (patriarca da independência), Gonçalves Ledo, José Clemente Pereira e outros, o movimento de independência adquiriu um ritmo surpreendente com o cumpra-se, onde as leis portuguesas seriam obedecidas somente com o aval de D. Pedro, que acabou aceitando o título de Defensor Perpétuo do Brasil (13 de maio de 1822), oferecido pela maçonaria e pelo Senado. Em 3 de junho foi convocada uma Assembléia Geral Constituinte e Legislativa e em primeiro de agosto considerou-se inimigas as tropas portuguesas que tentassem desembarcar no Brasil.

São Paulo vivia um clima de instabilidade para os irmãos Andradas, pois Martim Francisco (vice-presidente da Junta Governativa de São Paulo) foi forçado a demitir-se, sendo expulso da província. Em Portugal, a reação tornava-se radical, com ameaça de envio de tropas, caso o príncipe não retornasse imediatamente.

José Bonifácio, transmitiu a decisão portuguesa ao príncipe, juntamente com carta sua e de D. Maria Leopoldina, que ficara no Rio de Janeiro como regente. No dia sete de setembro de 1822 D. Pedro que se encontrava às margens do riacho Ipiranga, em São Paulo, após a leitura das cartas que chegaram em suas mãos, bradou: "É tempo... Independência ou morte... Estamos separados de Portugal".Chegando no Rio de Janeiro (14 de setembro de 1822), D. Pedro foi aclamado Imperador Constitucional do Brasil. Era o início do Império, embora a coroação apenas se realizasse em primeiro de dezembro de 1822.

A independência não marcou nenhuma ruptura com o processo de nossa história colonial. As bases sócio-econômicas (trabalho escravo, monocultura e latifúndio), que representavam a manutenção dos privilégios aristocráticos, permaneceram inalteradas. O "sete de setembro" foi apenas a consolidação de uma ruptura política, que já começara 14 anos atrás, com a abertura dos portos.

HUMOR

Havia um Noviciado
Numa certa Prelazia,
Cujo prédio era encostado
Junto com a Maçonaria
II
Todo Domingo, Dom Bento
Com fervor rezava a missa
Na Capela do Convento,
Para a turma de Noviça.
III
Bem na hora do café
Com a Madre Diretora,
Perguntava: - Como é ?
Descobriu, Superiora ?
IV
Que fazem esses Maçons
Trancados naquela Casa ?
Seus intentos não são bons.
Com mulheres mandam brasa...
V
- Senhor Bispo, não tem jeito
De saber, tudo é fechado !
Até mesmo com o Prefeito
Reclamei sem resultado.
VI
- Mais uma vez vou lembrar
Que há perigo imediato
De Noviça engravidar,
E o Bispo paga o pato.
VII
Passava uma velha freira,
Que vinha da Sacristia,
E afirmou, bem certeira,
Que perigo não havia.
VIII
Refazendo a esperança
E a Paz do seu Prelado,
Declarou com segurança:
- Todo Maçom é castrado.
IX
- Irmã, que papo avançado !
Você viu, já esteve lá ?
Interroga-lhe o Prelado,
Sem querer acreditar.
X
-Vou contar minha babada:
Nessa Loja, senhor Cura,
Tem uma porta lascada
Bem junto da fechadura.
XI
Certa noite, houve uma festa,
A tal da Iniciação...
Pus um ouvido na fresta,
Com cuidado e precaução.
XII
Só escutei. Não vi nada.
Foi Grande a surpresa minha.
Pareceu forte pancada
De golpe de machadinha.
XIII
E ouvi com desespero,
Uma voz determinar:
Irmão Mestre Hospitaleiro
Trazei o saco ao altar.
XIV
E o Bispo foi-se embora,
Bem tranquilo e sorridente,
Confortado pela história
Da freirinha convincente.

A Relação entre Maçonaria e Presbiterianismo



-Ao se tomar conhecimento da trajetória da Maçonaria, pode-se perceber que ela está e sempre esteve presente na maior parte dos acontecimentos históricos.

Talvez a Revolução Francesa venha a ser o exemplo mais destacado, uma vez que os ideais de Igualdade, Liberdade e Fraternidade eram comuns aos revolucionários e aos Maçons.
Alem disso, tendo por objetivo unir todas as religiões do mundo, a Maçonaria entra em conflito com a igreja Católica e, como resultado deste conflito, surge o primeiro documento a estabelecer o distanciamento entre as duas instituições: A constituição Apostólica (Bula Papal) in eminenti apostolatus specula, do papa Clemente XII (1730 - 1740), datada de 28 de abril de 1738, que afirma em parte de seu texto:
Por isto proibimos seriamente, e em virtude da santa obediência, a todos e a cada um dos fieis de Jesus Cristo, de qualquer estado, grau, condição, classe, dignidade e preeminência, que sejam laicos ou clérigos, seculares ou regulares, ainda os que mereçam uma menção particular, ousar ou presumir sobre qualquer pretexto, entrar nas ditas sociedades de Francomaçons ou as Chamadas maneira (COLUSSI, 2002, p.13).
Esta Bula Papal foi suficiente para difundir uma imagem e um conceito subversivos a respeito da Maçonaria, fato que ocorre ate os dias atuais.
O presente artigo não visa defender e nem atacar os Maçons e simpatizantes da Sublime Ordem, mas promover um pouco mais de conhecimento a todos os que se interessam pelo assunto e mostrar que a Maçonaria, com a proposta de unir os homens e as religiões, contribui para o avanço a fixação de um ramo do cristianismo em solo brasileiro: o Presbiterianismo.
Desta forma, amparados em fontes secundarias, abordemos a ‘‘ Relação entre Maçonaria e Presbiterianismo’’, apresentando algumas das varias formas em que, amigavelmente, a Maçonaria contribuiu para a inclusão desta tradição reformada no Brasil do Século XIX.
Sabe-se que a Maçonaria tem por objetivo levar adiante o seu lema: Igualdade, Liberdade e Fraternidade. Assim, propomo-nos a apresentar neste artigo alguns fatos históricos que comprovam a relação amigável entre a Maçonaria e o Presbiteriano neste Brasil do Século XIX.
Ao analisarmos o trabalho presbiteriano em solo brasileiro, sem duvida alguma, não podemos desconsiderar a relação e a contribuição que a Maçonaria ofereceu para a inclusão do Presbiterianismo no Brasil. Em carta datada de 03. 02. 2007, endereçada ao presbítero Athos Vieira de Andrade, o pastor presbiteriano Waldur Carvalho Luz diz:
... Forçoso me é reconhecer que a Maçonaria, nos primórdios da igreja Presbiteriana do Brasil, preciosa cobertura e apoio, quando forte era a oposição e hostilidade por parte da igreja dominante e das autoridades adversas (apud, ANDRADE, s/d p.22)
Esta contribuição tornou-se bastante estreita, e não passou despercebida ao clero católico da época que se opôs á inclusão das novas religiões – no caso, o Presbiterianismo – em solo brasileiro.
Quando o primeiro pastor Presbiterianismo Ashebel Green Simonton (1833 - 1867) chegou ao Brasil, em 12 de agosto de 1859, encontrou na província de São Paulo, cerca de 700 alemães Protestantes. Com a preocupação de reuni-los, Simonton procura um salão para pratica do trabalhos religiosos, porem sem sucesso. Chega a negociar o salão da loja Maçônica ‘‘Amizade’’. Mas por dificuldades financeiras , desiste de usar o local. Porem os Maçons paulistas insistem para que Simonton continue a realizar os trabalhos religiosos, e oferecem a ele o Salão da Loja gratuitamente. Andrade, citando a obra de Descartes de Souza Teixeira, faz o seguinte relato:
...Estudos e pesquisas recentes, revelando a historia da mais antiga das lojas Maçônicas de São Paulo, ‘‘ Amizade’’, realizados por José Castellani e Claudio Ferreira, permitiram extrair preciosa informação sobre cultos dos protestantes em são Paulo. A ata da sessão da Loja, datada de 15 de maio de 1858, contem a seguinte informação, aqui destacada ‘‘ in verbis’’.
...O tronco de propostas produziu uma peça de arquitetura propondo que se empreste, para os domingos, aos nossos Irmãos Protestantes, para celebraremos atos de sua religião, as salas externas deste templo. Requerida e concedida foi a proposta aprovada... e dando a palavra a bem da ordem em Geral e da Loja , o irmão H. Shroeder das salas aos nossos irmãos Protestantes ao que respondeu o Irmão Venerável...’’.
‘‘...O episodio em si mesmo é testemunho exemplar da convivência fraterna existente entre os Maçons e protestantes da época.
É especialmente revelador denominar os ‘‘ Irmãos Protestantes’’.
A loja alem de contar com vários clérigos católicos, conforme o registro de Castellani, contava com ‘‘ Irmãos Protestantes também. Esse relacionamento estendeu-se por longo tempo, atravessando mesmo o período inicial da Republica. Os Maçons prosseguiram oferecendo apoio à expansão do protestantismo no Brasil. Pastores e leigos, Protestantes ( presbiterianos e episcopais) integravam muitas Lojas Maçônicas’’ ( apud, ANDRADE, 2004, PP.55-56).
Através do registro acima, vemos a Maçonaria se relacionando de forma amigável e contribuindo para a inclusão do Presbiterianismo, cedendo seu salão para a realização das reuniões religiosas dos Presbiterianos. Alem deste episodio, outros fatos da Historia oferecem informações sobre o relacionamento entre Maçonaria e Presbiterianismo.
Um dos Grandes nomes que aqui citamos, e que fez partes do quadro do pastores da igreja Presbiteriana, é o de Miguel Rizzo Junior, filho de imigrantes italianos, que chegou ao Brasil ainda adolescente. Por volta de 1880, o missionário Ver. John Boyle (1845-1892) chega á cidade de Cajuru, onde encontra forte Oposição por parte do Catolicismo, para desenvolver seu trabalho religioso. Por onde quer que passasse, o Ver. Boyle não teria sucesso, pois o padre da cidade proibiu o povo de dar ouvidos, atender ou se comunicar com ‘‘ um certo pregador visitante’’. Com medo das advertências, a população obedeceu e ignorou o Ver. Boyle.
Porem, o Ver. Boyle encontra o Maçom Miguel Rizzo, que lhe deu toda a atenção. E este Maçom cedeu-lhe seu auditório para a realização dos serviços presbiterianos. Esta amigável acolhida resultou na conversão do Maçom ao presbiterianismo, que, posteriormente, viria a se tornar o respeitável Pastor Presbiteriano Miguel Rizzo Junior.
O estado do Paraná também é palco do histórico relacionamento entre a Maçonaria e o Presbiterianismo Guarapuava foi o local das pregações Presbiterianas realizadas pelo Ver. Roberto Lenington (1833-1903), em maio de 1886. Estas pregações eram realizadas na casa do Maçom Francisco de Paula Pletz. Mais uma Vez, vemos o Presbiterianismo iniciando na casa de um Maçom.
Mas a contribuição da Maçonaria não para ai. A relação que a Maçonaria desenvolveu com o Presbiterianismo foi alem do que imaginamos. Dois anos após a organização da Igreja Presbiteriana de Guarapuava, as instalações locais se encontravam em péssimas condições. Observando o que se passava, o Maçom e membro da igreja Francisco de Paula Pletz encaminha solicitação á Loja Maçônica ‘‘ Philantropia Guarapuavana’’ para o uso de suas dependências com fins religiosos. A igreja é atendida.
Em Minas Gerais, a cidade de Cabo Verde, especialmente, nos apresenta a relação e a contribuição que a Maçonaria amigavelmente realizou. A Loja Maçônica Deus e Caridade contribuiu e presenciou naquela cidade. Em 20 de agosto de 1870, chega a Cabo Verde o missionário Presbítero Ver. John Boyle. A loja acompanhou as dificuldades enfrentadas pelo pastor missionário, e não fugiu à sua responsabilidade, cedendo uma sala para a realização das reuniões presbiterianas.
Gostaríamos de citar aqui todos os fatos, mas não o faremos para que o curioso espírito de pesquisa seja despertado no leitor. Entretanto, cremos que os relatos aqui expostos já são suficientes para demonstrar que a Maçonaria se relaciona muito bem com instituições religiosas. E, de acordo com que pudemos pesquisar, observamos que tanto a Igreja Presbiteriana como a Maçonaria se relacionam para o desenvolvimento das religiões cristas em solo brasileiro.
Desta forma, baseados na historia, podemos afirmar que a Maçonaria foi a grande auxiliadora das novas idéias, inclusive religiosas, sobretudo quando a Igreja Presbiteriana se viu perseguida pela igreja Romana.




Colaboração do Irmão João Alves de Oliveira Filho – MM
Loja Maçônica Paz e Progresso – Nº 1.184 – GOBMG – GOB - REAA
Governador Valadares – MG

Trabalho Feito Pelo Senhor Willson Ferreira de Souza Neto é Pastor da igreja Presbiteriana do Brasil, Bacharel em teologia e Mestre em Ciências da Religião pela Universidade Presbiteriana Mackenzie, São Paulo – SP.

Trabalho Transcrito da Revista A Trolha
Edição Nº 274 – de Agosto de 2009.

segunda-feira, 29 de agosto de 2011

EXPLICAÇÃO HISTÓRICA SOBRE O SALMO 133


 “Oh ! Quão bom e agradável vivermos unidos os irmãos ! É como o óleo precioso sobre a cabeça, o qual desce para a barba, a barba de Aarão, e desce para a gola de suas vestes. É como o orvalho do Hermon, que desce sobre os montes de Sião. Ali ordena o senhor a sua benção e a vida para sempre”.

Israel assim como seu povo é abençoado por Deus, dizem em historias populares, que é o povo escolhido, situado entre a cadeia de montes de Sião, de onde se destaca majestosamente o monte Hermon, um verdadeiro oásis, contrastando com os países vizinhos; Cortado por diversos e importantes rios, dentre eles o mais famoso, o rio Jordão, às suas margens estende-se verdejantes videiras e oliveiras assim com produz tudo o que se planta.

Como Jerusalém está situada na meseta central da Palestina, para chegar à cidade santa de qualquer parte da terra, é preciso “subir”, o que explica bem a razão de ser da expressão “das subidas”, circundada pelos montes de Sião, onde o senhor escolheu para morar, de onde se destaca majestosamente o monte Hermon.

O monte Hermon por sua vez, destaca-se por sua magnitude, de tão alto, há neve em seu cume o tempo todo, e é de lá, que após que vem o orvalho santo junto com as bênçãos; A neve derretida, forma os rios e os lençóis de água, e por sua importância é que no salmo 133, destaca de forma tão bela.

Quando Davi falava “O quão bom e agradável vivermos unidos os irmãos! ” importância que dava aos povos de diversas aldeias que iam aos templos de Jerusalém para rezar, e Jerusalém por sua vez, tratava à todos dessa forma, acolhia quem quer que fosse, viesse de qualquer lugar.

E o óleo citado “...é como o óleo precioso...” era um perfume raríssimo à base de mirra e oliva, usado para urgir os reis e sacerdotes, e ou aqueles neófitos que asparivam a alguma iniciação; Importante à ponto de comparar com os irmãos unidos e sua grandiosidade.

Agora quando fala “...é como o orvalho do Hermon, que desce sobre os montes de Sião...” refere-se ao monte em sua pujança, sua importância para a existência de Israel, dos montes vem o orvalho e o orvalho é a água, a vida, a natureza, o bem mais precioso.

Para situarmos melhor na história, falo agora do significado de cada citação, de onde podemos refletir e só assim, entendermos o que Davi Dizia:



OS IRMÃOS:

Quando o Salmo 133, sugere “...que os irmãos vivam em união...” estamos traçando um programa de convivência amena e construtiva, e se voltarmos no tempo, veremos que a palavra “irmão” se revela uma necessidade entre os homens e era mesmo. Com toques divinos, não menor necessidade que temos dela hoje, basta que encaremos o panorama humano dos nossos dias atormentados pelas divergências e alimentados pelo ódio mais profundo.

O ÓLEO

“ Os óleos vegetais são produtos de secreção das plantas, que se obtém das sementes ou frutos dos vegetais, são substâncias gordurosas das quais muitas comíveis líquida e de temperatura ordinária” Bem, podemos ver que não trata-se de nova tecnologia, o óleo citado acima, usado para unção sagrada, era uma das espécies porém muito especial.



AARÃO

O membro destacado da tribo de Levi, irmão mais velho de Moisés e seu principal colaborador, possui um peso próprio na tradição bíblica, devido ao seu caráter de patriarca e fundador da classe sacerdotal dos judeus.



A BARBA

Pelos espalhados pelo rosto, adorna a face do homem desde os mais remotos tempos, a barba mereceu dos mais variados, novos semitas e não semitas da antiguidade, um trato especial, destinaram-lhe grandes cuidados. Não apenas um símbolo de masculinidade e podemos exemplificá-la com os varões que engrandeceram o império Brasileiro, figuras imponentes pela conduta e em particular, símbolo de austeridade moral.

Os Israelitas a que pertencia Aarão, evidenciaram especial estima pela barba, a ela conferiam forte merecimento, apreciável atributo do varão, que externava pela sua aparência, sua própria dignidade. Os Israelitas por si mesmo, pelo que ela representava, raspá-la e eliminá-la do rosto, demonstrava sinal de dor profunda.



AS VESTES

De especial significa litúrgico e ritualístico, eram as vestes daqueles que tinham por missão exercitar atos religiosos, como a unção, o sacrifício, o culto e variava de conformidade com os diversos ofícios religiosos para invocação da divindade.

Havia especial referência pela cor branca nas vestes sacerdotais, nas representações egípcias contemporâneas ou posteriores ao médio império, os sacerdotes usavam um avental grosseiro e curto, já o sacerdote leitor, usava uma faixa que lhe cobria o peito como distintivo de sua categoria, enquanto que o sacerdote vinculado ao ritual de coroação, exibia uma pele de pantera.

No velho testamento presume-se o uso de um avental quadrado, quando se fala na proibição de aproximar-se do altar através das grades, talvez um precursor do avental maçônico.

Então o óleo sagrado era jorrado sob a cabeça da pessoa a ser ungida, desça pela barba e escorria à orla de suas vestes.



O ORVALHO

O esplendor da natureza oferece a magia do orvalho, que desce das alturas para florir de viço as plantas, nada mais belo e nada mais sedutor do que o frescor das manhãs, ver como as folhas cobrem-se de uma colcha unida, onde vão refletir os raios avermelhados do sol que traz luz.

No capim deposita-se o orvalho cama verde e amiga, em gotículas que, juntando-se umas às outras, vão nutrir a terra ávida de alimento, parecem espadas de aço ao calor do dia, nas pétalas florias, formando-se perolas do líquido cristalino, espelho da vida que exulta ao redor.



O MONTE HERMON

Trata-se de um maciço rochoso situado ao sul-sudeste do antilíbano do qual se separa um vale profundo e extenso, apresenta-se de forma de um circulo, que vai de nordeste à sudeste. Explicando um pouco mais, para entender a geografia dessa região que viram nascer a história do mundo bíblico: O Antilíbano é a cordilheira que se estende paralelamente ao Líbano, separando das planícies de Bekaa. De todas as cadeias montanhosas, é a que se posta mais ao oriente, pois desenvolve-se no nordeste ao sul-sudeste, por quase 163 quilômetros, suas extensões e alturas são visíveis à partir do mediterrâneo; Seu ponto culminante é o monte Hermon, com mais de 2.800 metros de altitude, possui neve em seu cume e de lá o vento traz o orvalho.



O MONTE SIÃO

Também chamado de monte de Deus, o monte Sião não que seja santo por si mesmo, más porque o Senhor o escolhera para ser sua morada, para todos, o monte será um refúgio seguro e inabalável.

O orvalho que escorre de Hermon para os montes de Sião, como o senhor ali mora, é dele que escorre o orvalho abençoado, todas as suas complacências.

Em Salmos 2:6 vemos que Deus mesmo instalou seu rei sobre o monte santo, “ Eu, porém constituí meu rei sobre o monte Sião ” O mesmo lugar em que Abraão ia sacrificar o filho conforme ( 2 Cr 3:1 e Gen. 22:2).



A BENÇÃO

Tudo que é bom e lhe é agraciado; Em Hebraico, seu significado é “berakak” palavra que deriva de “Berek” que por sua vez significa joelho. Nota-se a relação entre uma e outra palavra, porque, sendo a benção a invocação das graças de Deus sobre a pessoa que a recebe, deve ser colhida com humildade e unção, portanto, de joelhos em terra, reverenciado e respeitosamente.

Para os Semitas, benção possui força própria, e por isso, é capaz despertada a sua potencialidade energética de produzir a saúde, palavra que se acha envolvida por vibração, carregada de energia dinâmica e magia.

“O onipotente te abençoará com a benção do céu, com as bênçãos do abismo, que jaz embaixo, com as bênçãos dos seios maternos e dos úteros”.

(Gênesis 49:25)

Assim “ ...Porque ali o senhor ordena a benção e a vida para sempre.


Ir.`. M.`. M.`. Jesuel Rosa de Oliveira
A.`.R.`.L.`.S.`. Estreta da Fraternidade nº. 15
Or.`. de Jaru/RO

Crônica maçonica.


Adaptação musical de Cleber Vianna do texto Carta de um profano autorizada pelo autor ir.'. Ari Casarini de Carvalho.(livro Papo de Bode).


Crônica maçônica


Sabe Zé,


Preciso te contar uma estória.Tava eu, uma noite dessas, procurando uma loja pra comprar o seu presente de natal, quando encontrei um prédião; Tudo acesso, cheio de gente. Êta turma boa! Perguntei:
Aqui é uma loja de pedreiros? Ao invés de resposta, foi só abraço.
Descobriram que eu sou mecânico, porque todo mundo perguntava onde era minha oficina.
Lojona bonita, com quadros, tapetes...até livro de visitante precisava assinar.
Gozado que tava um calorzão danado, e eles me perguntaram quantos graus tava fazendo...não tinha termômetro, mas devia de tá mais de trinta, então, carquei lá no livrão:- 33. Acho que acertei na mosca porque todo mundo me abraçou bastante.
Depois entrou todo mundo pro salão onde tava as mercadorias. Tinha cuié de pedreiro, régua, esquadro, compasso...até pedra. Tinha também mesas e cadeiras que não acabava mais. Algumas dessas mesas devia ta com o tampão solto, porque os caras pegaram uns martelinhos e começaram a bater nelas. Acho até que a porta tava empenada, porque um sujeito bateu nela com o punho da espada.
Depois, pensei que um indivíduo lá era cego. Perguntou onde tinha assento o fulano...onde tinha assento o cicrano e ainda queria saber que horas eram. Coitado! E teve até um espírito de porco, gozador, que falou que era meio-dia em ponto e ele acreditou...magina!
Depois acabou indo outros sujeitos perto dele e um deles reclamou de um tal de Araão, que fez estrago com óleo. Disse que derramou na cabeça, na barba e ainda no vestido de uma tal de dona Orla. Confirmei que o cara era cego porque ele falou que a loja tava aberta, mas olhei pra porta e vi que tava fechada...ué???
Nessa hora notei que até lá você era conhecido.
Sentiram a sua falta e começaram a perguntar : - E o Zé?...e o Zé?...e o Zé? Depois agüentei um tempão um cara falar umas baboseiras que não entendi nada e, até que enfim, mandaram fazer as propostas.
Veio então um cara com um saquinho e começou a recolher as propostas, mandei logo a minha: Dava cincoenta mangos naquela corda, cheia de nós, pendurada lá encima. Sabe? Achei que fui “munheca” demais. Eles inventaram que tava chovendo, que tinha goteira e acabaram me botando pra fora.
Tá certo. Era justo. Era perfeito. Mas bem que podiam fazer uma contraproposta.


Para ouvir a peça musical, clique no link:


http://clebertvianna.palcomp3.cifraclub.terra.com.br/downplay.php?id=12102&arq=clebere8729vianna-homem-da-viola_cronica-maconica.mp3

O que é a maçonaria?





A Maçonaria é uma sociedade discreta, na qual homens livres e de bons costumes, denominando-se mutuamente de irmãos, cultuam a Liberdade, a Fraternidade e a Igualdade entre os homens. Seus princípios são a Tolerância, a Filantropia e a Justiça. Seu caráter secreto deveu-se a perseguições, a intolerância e a falta de liberdade demonstrada pelos regimes reinantes da época. Hoje, com os ventos democráticos, os Maçons preferem manter-se dentro de uma discreta situação, espalhando-se por todos os países do mundo.
Sendo uma sociedade iniciática, seus membros são aceitos por convite expresso e integrados à irmandade universal, por uma cerimônia denominada iniciação.
Esta forma de ingresso repete-se, através dos séculos, inalterada e possui um belíssimo conteúdo, que obriga o iniciando a meditar profundamente sobre os princípios filosóficos que sempre inquietaram a humanidade.
O neófito ingressa na Ordem com o grau de Aprendiz. Ao receber instruções e ensinamentos, galga ao grau de Companheiro e após período de estudos chega ao grau máximo do Simbolismo, ou seja o Grau de Mestre Maçom.
Os Maçons reúnem-se em um local ao qual denominam de Loja, e dentro dela praticam seus rituais. Estes são dirigidos por um Mestre Maçom experimentado, conhecido por Venerável Mestre. Suas cerimônias são sempre realizadas em honra e homenagem a Deus, ao qual denominam de Grande Arquiteto Do Universo, (G.'. A.'. D.'. U.'.).
Seus ensinamentos são transmitidos através de símbolos dando assim um conhecimento hermenêutico profundo e adequado ao nível intelectual de cada indivíduo.
Os símbolos são retirados das primeiras organizações Maçônicas, dos antigos mestres construtores de catedrais. "Maçom" em francês significa pedreiro. Devido a este fato encontramos réguas, compassos, esquadros, prumos, cinzéis e outros artefatos de uso da Arte Real, ou seja, instrumentos usados pelos mestres construtores de catedrais e castelos, que são utilizados para transmitir ensinamentos.
Por possuir um conhecimento eclético, a Maçonaria busca nas mais diversas vertentes suas verdades e experiências, dando um caráter universal a sua doutrina.
A Maçonaria não é uma religião, pois o objetivo fundamental de toda sociedade religiosa é o culto a divindade.
Cada Loja possui independência em relação as outras Lojas da jurisdição, mas estão ligadas a uma Grande Loja ou Grande Oriente, sendo estes soberanos. Cada Grande Loja ou Grande Oriente denomina-se de "potência". Esta é uma divisão puramente administrativa, pois as regras, normas, e leis máximas, denominadas "Landmarks" são comuns a todos os Maçons.
Um dos Landmark básicos da Ordem é que o homem para ser aceito deve acreditar em um princípio criador independente de sua religião.
Seus integrantes professam as mais diversas religiões. Como no Brasil a grande maioria dos brasileiros são cristãos, adota-se a Bíblia como livro da lei. Em outra nação, o livro que ocupa o lugar de destaque no Templo, poderá ser o Alcorão, o Torá, o livro de Maomé, os Vedas, etc, de acordo com a religião de seus membros.
No preâmbulo da primeira Constituição editada pela Grande Loja ficam registrados de forma clara os princípios em que se baseia a Ordem:
  • A Maçonaria proclama, como sempre proclamou desde sua origem, a existência de um Princípio Criador, sob a denominação de Grande Arquiteto do Universo;
    A Maçonaria não impõe nenhum limite a livre investigação da Verdade e é para garantir a todos essa liberdade que ela de todos exige tolerância;
    A Maçonaria é, portanto, acessível aos homens de todas as raças e de todas as crenças religiosas e políticas;
    A Maçonaria proíbe em suas Oficinas toda discussão sobre matéria partidária, política ou religiosa, recebe os homens qualquer que sejam as suas opiniões políticas ou religiosas, humildes, embora, mas livres e de bons costumes;
    A Maçonaria tem por fim combater a ignorância em todas as suas manifestações;
    é uma escola mutua que impõe este programa: obedecer as leis do País, viver segundo os ditames da honra, praticar a justiça, amar o próximo, trabalhar incessantemente pela felicidade do gênero humano e para conseguir a sua emancipação progressiva e pacífica."


Maçons famosos fundaram diversas entidades que prestam serviços a humanidade, vejamos alguns exemplos: Os escoteiros por Robert Baden Powell, os Clubes de Rotary por Paul Harris, os Clubes de Lions por Melvin Jones, os grupos de jovens DeMolays por Frank Sherman Land.
A independência do Brasil foi decretada e solicitada a Dom Pedro I em uma sessão Maçônica realizada em 20 de agosto de 1822. Este dia é dedicado ao Maçom brasileiro.
O Marechal Deodoro da Fonseca, iniciado na Loja "Rocha Negra" de São Gabriel, Rio Grande do Sul, proclama a república em 15 de novembro de 1889.